Da era das senhas e padrões desenhados na tela, fomos levados a um novo patamar: autenticar-se virou algo tão simples quanto encostar um dedo ou apenas... olhar. Touch ID e Face ID não são apenas avanços tecnológicos, são experiências que moldam o uso diário de um smartphone.
Mas no fim do dia, quando a poeira tecnológica baixa, a pergunta permanece: qual realmente entrega a melhor experiência?
Touch ID
Meu primeiro contato com esse tipo de biometria foi com o Touch ID no iPhone 8. E o que me marcou nem foi o avanço técnico. Foi a fluidez, a naturalidade. Encostar o dedo e ver o telefone desbloquear já com tudo pronto, é só usar.
Essa sensação de “não pensar para desbloquear” é poderosa. Na rua, no bolso, em ambientes fechados, com uma mão só. É como se o sistema tivesse desaparecido, e só restasse a ação.
Face ID
O Face ID também é uma experiência absurda de tão boa que é. Às vezes eu até esqueço que preciso desbloquear o telemóvel, de tão natural que é, só de olhar pra tela ele já reconhece e "desbloqueia". Funciona bem em ambientes escuros, mesmo deitado ou meio virado, com cabelo curto ou cortado (sim, já testei) e isso mostra como a tecnologia realmente evoluiu.
A verdade é que ele desaparece da experiência, e isso, do ponto de vista de UX, é muito forte.
Touch ID vs Face ID
Quando coloco Touch ID e Face ID lado a lado, o que mais salta não é só a tecnologia por trás, é como eles se comportam no uso real. O Touch ID me passou sempre a sensação de ser direto ao ponto: desbloqueava sem cerimônia, com um simples toque. Já o Face ID impressiona pela fluidez invisível, só de eu olhar pra tela.
Não dá pra negar: o Face ID impressiona. A tecnologia por trás é robusta: sensores infravermelhos, câmera TrueDepth, mapeamento facial 3D, etc. A promessa é clara: mais segurança, menos contato físico. E isso importa, especialmente em contextos pós-pandemia.
Mas há algo que me incomoda. Na minha opinião o Face ID exige uma “exposição”, preciso estar de frente ao aparelho, com o rosto visível. Em público, em situações desconfortáveis, ou até mesmo em momentos de pressa, isso pode ser um entrave. Com o dedo, é discreto. Com o rosto, é uma performance.
Fiz uma sondagem nas redes sociais e a maioria dos votos foi clara: as pessoas preferem o Face ID.

O Face ID tem uma curva de aceitação alta. Ele é o padrão dos iPhones mais recentes. Mas se voltássemos a ter as duas opções de forma moderna, será que o cenário mudaria?
Conclusão
No fim das contas, não existe um vencedor absoluto entre Touch ID e Face ID: o que existe é contexto. Ambos são frutos de avanços tecnologicos, cada um com suas vantagens muito claras.
Eu, pessoalmente, ainda tenho um carinho maior pelo Touch ID pela praticidade, pela sensação de controle e pelo gesto simples de encostar o dedo e já estar tudo pronto.
E talvez seja esse o ponto: as melhores interfaces não são as mais bonitas ou modernas, são as que desaparecem. E tanto o Face ID quanto o Touch ID caminham nessa direção. No final, o que importa é que temos hoje a liberdade de viver experiências mais seguras e fluidas, sem precisar digitar senhas a cada momento. E isso, seja com o dedo ou com o rosto, já é um avanço enorme.